Vegetarianismo
Entrevista com Amanda Luiza (parte 1).
Nome: Amanda Luiza Oliveira do Nascimento
Idade: 23 anos
Cidade/Estado/País: Fortaleza- CE- Brasil
Profissão: Estudante de medicina veterinária
Segue que tipo de dieta vegetariana: Vegana
Desde quando: desde janeiro/2013
Facebook ou qualquer outra rede social que você queira mostrar, e que seja sua: https://www.facebook.com/amanda.luiza.338
1. Amanda, como que você começou a seguir a filosofia vegetariana? Quando sua consciência acordou para essa questão?
R: Desde criança sempre gostei de animais, mas nunca tive animais de estimação por morar em apartamento e meus pais não deixavam. Sempre cuidava do cachorrinho ou gatinho da vizinha, da avó. Esse amor me estimulou desde pequena a “querer ser veterinária quando crescer”.
A medicina veterinária para mim era a profissão de cuidar e amar os outros animais. Fiquei com esse sonho guardado. Alguns fatos foram traumatizantes, mas não o suficiente para me tornar vegetariana logo na infância. Um que me marcou muito foi a morte de um carneiro em um aniversário de uma tia para fazer um churrasco, ela tinha ganhado o bichinho de presente. Ele era lindo ainda lembro dos olhinhos azuis dele. Eu chorei, gritei e derrubei a panela do “almoço” no chão, mas como sempre somos encarados como anormais por não achar natural matar outros animais. Já presenciei minha avó matar galinha sempre me escondia para não ver e o outro foi a ida com meu pai a um restaurante q vende peixe vivo, assim que entrei o rapaz bateu na cabeça do peixe com uma madeira e ele começou a se debater, chorei muito e fomos embora.Somos ensinados a fez sonhar sempre em cursar medicina veterinária. Em 2010, comecei o curso de veterinária e me deparei com a realidade nos primeiros dias, descobri que o curso é de cunho extremamente exploratório, no qual a produção de carne, leite, ovos etc é bastante difundida. Me deparei com termos que me fizeram perceber que estava tudo errado. Abate, gado de corte, animais de produção, sacrifício me traumatizaram e contribuíram para minha mudança de postura. Em uma aula ministrada por uma professora socióloga convidada ela teve a brilhante ideia de passar o vídeo A carne é fraca. Então a partir desse dia me tornei ovo-lacto vegetariana e em janeiro vegana.
2. Sua família é vegetariana? Se não, eles aceitaram bem a sua escolha ou tiveram alguma resistência?
R: Meus pais sempre me apoiaram em tudo e não foi diferente com o vegetarismo e depois veganismo. Minha mãe se tornou vegana também. Ela aprendeu a adaptar todas as receitas; a ler rótulos nos supermercados; procurar os produtos que não testam em animais; passou a comprar sintéticos, antes ela adorava bolsas de couro. Também participa de todos os eventos comigo, como piqueniques, palestras, feiras e rodízios que ocorrem aqui. Meu pai aceita a nossa filosofia de vida, mas nunca teve interesse em mudar. Eu sempre estou conversando, mostrando vídeos para conscientizá-lo.
Amanda com seus amigos e sua mãe no 6° Vegnic em Fortaleza.
3. E seus amigos onívoros? Eles questionaram a sua mudança de hábito alimentar?
R: Li uma frase certa vez que dizia que amigos de verdade nunca te abandonam e realmente foi o que aconteceu. A minha melhor amiga chamada Cecilia teve fundamental importância nesse processo todo. A primeira cadela que adotei estava abandonada na rua onde ela morava. Eu tinha me mudado recentemente para uma casa e nunca tinha tido um cachorro, porque meus pais não deixavam. Então ganhei a Pilanha.. rsrs Esse é o nome da minha princesinha que hoje está linda e saudável. Essa adoção foi o primeiro passo para iniciar uma nova vida direcionada para proteção animal. Cecilia tornou-se vegetariana em transição para o veganismo e me orgulho muito dela por isso. Então, nossa amizade só tem fortalecido cada dia mais. Outro amigo muito importante é o Matheus, colega de turma de faculdade, sempre teve do meu lado desde o meu primeiro dia vegetariano e me apresentou o veganismo. A maioria dos meus amigos não veganos aceitam e admiram minha postura, adoram marcar reuniões na minha casa para comer as especialidades veganas da Dona Olga (minha mãe).
Os demais amigos onívoros sempre me questionam: Por que se tornou vegana? O que é vegana? O que você come? E esses questionamentos me fazem abrir espaço para discussões a respeito de veganismo, proteção animal, dieta vegetariana estrita.
Amigos que lutam pela mesma causa.
4. Para você é importante ter um relacionamento amoroso com alguém que também seja vegetariana ou não se importaria em namorar com alguém que come carne? Por que?
R: Esse alguém tem que se questionar a respeito de seua hábitos e não tenho interesse em namorar uma pessoa que seja a favor do consumos de produtos de origem animal.
5. Quando você virou vegetariano, em quais lugares procurou informações sobre alimentação?!
R: Ao me tornar vegetariana procurei informações na internet basicamente. Com a ajuda do facebook fui conhecendo alguns veganos aqui da cidade e comecei a participar de eventos, como piqueniques, esse contato foi me auxiliando a solucionar minhas dúvidas.
Amanhã eu posto a segunda parte da entrevista para que todos vocês leiam com carinho e pensem sempre no assunto.
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