Vegetarianismo
Leishmaniose Visceral Canina (Calazar).
A leishmaniose visceral canina (LVC) ou calazar é uma doença causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do inseto chamado Lutzomyia longipalpis (flebótomo ou mosquito palha). Portanto, o calazar não é transmitido para o humano pelo contato direto com um animal doente, caracteriza-se por ser uma doença não contagiosa. Vale ressaltar que a transmissão do cão para o inseto só ocorre quando o parasitismo é cutâneo (pele).
Os cães infectados podem ser assintomáticos ou sintomáticos. Os assintomáticos podem apresentar sorologia positiva e não apresentar sintomas aparentes da doença, já os sintomáticos manifestam a doença e precisam ser tratados. Os sinais apresentados pelos sintomáticos são inespecíficos e podem estar presentes em outras doenças. Lesões na pele, anemias, problemas oculares, hepatite etc. Não se pode diagnosticar um cão apenas por seus sinais clínicos.
O diagnóstico é difícil, já que a leishmaniose mimetiza outras doenças, o veterinário precisa de alguns exames, como os sorológicos e a punção de medula óssea. A alta prevalência na nossa região (Nordeste) requer medidas preventivas eficazes por parte da comunidade e por parte dos governantes. O uso de colar repelente substituído a cada 6 meses; cuidados na limpeza do ambiente; uso de plantas repelentes de insetos, como a citronela; não realização de passeios crepusculares (final da tarde) e noturnos, já que esse é o horário de maior atividade do inseto; vacinação dos cães contra LVC. Medidas de controle do vetor (inseto) deveriam ser realizadas efetivamente pelo Governo, porém o método de prevenção adotado no Brasil é sacrifício dos animais positivos detectados apenas pelo exame sorológico. Tal método se demonstra ineficaz no controle da doença, pois os insetos continuam disseminando a doença e também existem outros animais que podem funcionar como reservatórios, como gatos e animais silvestres.
O tratamento de cães com LVC já é rotina em outros países e no nosso a consciência dos médicos veterinários e da população têm mudado a triste realidade de muitos animais. Os protocolos terapêuticos veterinários atuais oferecem boas possibilidades de cura clínica, baixo grau de recidiva da doença (cão adoecer novamente) e diminuição do parasitismo cutâneo.
Cuide, trate com responsabilidade, procure um médico veterinário de confiança e dê uma chance ao seu amigo canino.
Esse texto foi construído com base em leituras acadêmicas da área.
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"Minha cadela Pilanha foi tratada e está saudável." |
Escrito por: AMANDA LUIZA OLIVEIRA DO NASCIMENTO
ALUNA DE MEDICINA VETERINÁRIA – FAVET (Faculdade de Veterinária da UECE)E-mail: [email protected]
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