O que mudei na minha alimentação depois da gravidez.
Vegetarianismo

O que mudei na minha alimentação depois da gravidez.


Estar grávida envolve uma série de preocupações não só com o seu corpo, mas principalmente, com a vida de outro ser que está sendo gerado com a sua ajuda. Você com certeza se preocupa com o quanto vai engordar, se vai ter ou não estrias e varizes, se vai conseguir voltar ao corpo de antes da gravidez... Mas a preocupação maior – pelo menos pra mim – tem sido basicamente, como fazer o meu bebê crescer forte e saudável.
Já antes da gravidez eu tinha uma certa preocupação com minha dieta. Não só por questões estéticas, com a preocupação com a saúde me fazia evitar doces em excesso, refrigerantes e frituras. Claro, tem aqueles dias em que você come de tudo, mas normalmente, minha dieta era equilibrada. Depois da gravidez, essa preocupação aumentou. Procurei uma nutricionista, mas a dieta que ela me passou me deixou preocupada, tinha muita soja várias vezes ao dia.
Era um tal de iogurte de soja de manhã, soja no almoço, vitamina com leite de soja no lanche e soja no jantar... Achei aquilo meio exagerado e sem criatividade. Abandonei a dieta em menos de duas semanas. E comecei a pesquisar na internet os nutrientes mais importantes para grávidas. Acabei montando uma dieta por conta própria (não faça isso, é sempre muito mais indicado procurar um profissional), e tentando comer mais alimentos frescos (vegetais e frutas), fibras e proteínas.



Nesse meio tempo, os enjoos frequentes e a falta de apetite dos primeiros meses de gravidez, me fizeram abandonar a dieta saudável por um tempo. O que me causou a temida anemia – tão comum entre grávidas (sejam elas vegetarianas ou não), mas que foi curada com suplementos e uma dieta rica em ácido fólico, vitamina C e ferro. Suco de jenipapo, alimentação com bastante beterraba, feijão, limão, laranja, framboesa e couve foram grandes aliados. Eu falo da anemia no próximo post, mas já adianto que comer bem é a chave para um desenvolvimento saudável da gestação.
Agora que os enjoos passaram (finalmente!!!), voltei a comer bem e percebo que não há grandes alterações na dieta de antes da gravidez. Minhas principais mudanças foram:
- Diminuí a quantidade de café – eu tomava mais ou menos 4 a 5 xícaras pequenas de café por dia. Passei a tomar uma xícara só pela manhã ou à tarde.
- Excluí refrigerantes.
- Excluí qualquer bebida alcoólica – eu bebia socialmente, uma taça de vinho ou um copo de cerveja. Aboli isso completamente e brindei o ano novo com uma taça de champanhe sem álcool.
- Dei preferência a alimentos integrais e ricos em fibras – eu já fazia isso antes, mas sem muita preocupação. Hoje procuro sempre comer arroz integral, biscoitos integrais e pouco pão.
- Consumir alimentos ricos em ferro sempre junto com uma fonte de vitamina C. Isso ajuda na absorção. Sempre coloco um pouco de limão no feijão e na couve e, no caso do suplemento, cada comprimido de ferro era acompanhado por um de vitamina C. – Caso precise suplementar, procure um médico.
- Diminuí sal e açúcar - não é que eu tenha excluído, mas tentei diminuir consideravelmente o consumo. Ajuda a não inchar tanto e a não ter diabetes gestacional e pressão alta. Tomar sucos sem açúcar e não usar temperos e caldos prontos cheios de sódio é uma saída. Quando uso esses caldos prontos, procuro usar metade do que usava antes.
- Na hora do lanche, prefiro as frutas. Eu levo para o trabalho normalmente três ou quatro opões de lanche. Fico o dia todo lá, então tem lanche de manhã e à tarde. Opções bacanas são maçã, banana, laranja cravo, kiwi, uva, goiaba e ameixa. Se tiver mais tempo, levo melão ou melancia cortadas. Às vezes, levo uma barrinha de cereal ou biscoito no caso de ter fome no caminho.
- Deixo os biscoitos mais doces, bolos e chocolates para os dias em que estou com desejo, então, só compro/faço na hora da vontade.
- Diminuí o consumo de soja. Não que faça mal, mas a gente lê tanta coisa a favor e contra, que não sabe em que acreditar. Por isso, dou preferência ao tofu e ao glúten. Quando tenho vontade de salsicha de soja ou soja texturizada – para strogonoff, por exemplo, compro a quantidade que dá um ou dois pratos. Congelo uma parte para comer durante a semana.
- Aumentei o consumo de cálcio com tofu, brócolis, couve e abacate.
- Tomo bastante água.




      Está vendo que não é difícil? Normalmente já é o que a gente faz numa dieta vegana, a diferença é só que há uma preocupação maior com a absorção de nutrientes. A utilização de suplementos eu falei no post anterior e não é nada do outro mundo.
            Aguardo você no próximo post quando irei falar sobre a anemia. Se tiver alguma dúvida ou sugestão de assuntos, pode enviar pra gente!

            Espero que tenha gostado e até a próxima! 






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